quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A PHYNA fazendo a MICARETEIRA!

Atire a primeira pedra, quem nunca usou um abadá na vida!

Pois é. Eu, no alto da minha soberania, já tive os meus momentos de micareteira nos Carnavais caríssimos em Salvador. Foram cinco carnavais, regados a muita finness, com camarotes e abadás super customizados.

Ok. Fiz a chicleteira, segui também Durval Lelys, no Asa...Presenciei a comemoração de "não sei quantos anos de axé", com o Rei Luis Caldas, com direito a pena e kajal no figurino, pra homenageá-lo. Dei mto bafão com as bee, nos Mascarados, da Margareth Menezes. Pulei e fiz coreografias no trio, sem cordas e super GLS, de Daniela Mercury. Dei a volta no Guetto, umas três vezes, no Candeal (não sei se estou escrevendo certo), conheci e troquei idéia com o Carlinhos Brown!

Foram anos felizes e descomprometidos de total entrega a cultura soteropolitana (o que me atraiu o poder de atração pra alguns ebós, mas este é outro babado, pra ser contado depois!) , sempre me rendendo a magia das biritas, dos acarajés, dos pratos típicos, das pimentas e por consequência disto: tive várias infecções intestinais... Todo ano, era a mesma coisa, voltava pra o Rio de Janeiro e ficava de cama, mas este era o preço da adesão do "Bahia's way of life"!

A única coisa que nunca consegui aderir foram aos beijos "desnecessaire", que as pessoas trocam no Carnaval, dentro e fora daquela corrente, que nos separa dos "pipocas".

Me dá nojinho, sempre me deu. Penso: "Não sei onde este cafuçú colocou a boca." Anos de criação a Toddy e investimento em ótima educação, plano de saúde, check ups, pra trocar saliva com TODOS os presentes, que nem sei da procedência?... argh!" Será q eles vão ao dentista? Será que fizeram sexo oral e não lavaram a boca, e vou ficar com gosto de "xota" de uma mona na boca? Será que vou engolir sêmen de uma pessoa que desconheço? Bem.. eu sou da derrota, mas tenho minhas frescuras.

Até que em uma destas, já chapadinha da estrela e com a Paola encostadíssima, já piscando os olhos pra os gringos e negões maravilhosos tipo A. Toda trabalhada de burrifadas de alfazema e contas branca e azul, dadas de prenda pelos "Filhos de Glande", encontrei um grande amigo meu, do Rio, que estava com uma garrafa de Whisky. Não me fiz de rogada e misturei a bebida. Já estava louca cantando "Chicleteeeee, obaaaa, obaaaaa!"...

Então, me surge um rapaz, daqueles "bonitinhos, mas ordinários". Ele todo se querendo, já pra jogo, com mãos de polvo, me agarrando, querendo o famoso beijo micareteiro.
Como de praxe, eu dispensei... Disse: "Não beijo em micareta por questão de salubridade! Acho nojento!"
Mas vocês sabem como são os homens, nunca aceitam não como resposta.
Ele foi me acompanhando por todo o trajeto do Campo Grande, com todos os afunilamentos... Todo empurra-empurra. Me prometendo até casamento, enquanto eu biritava o Whisky do meu amigo, fumava o meu cigarrinho e exercitava o meu sarcasmo, com aquele ser que se deslocou de Brasília para ser gongado por uma carioca, na Bahia. Do nosso lado, estava o meu amigo, dono do Black Label, beijando todas as garotas do bloco, sem critério. Fazendo o "lixeiro do amor". Minhas amigas, nem fazia idéia de onde se encontravam, mas com certeza, estavam trocando saliva pelo bloco!

Por um momento reparei que não estava me sentindo bem. E o bofe, não desistia. Eu falando que  estava tonta, e ele querendo me abraçar e roubar um beijo a qualquer custo. Foi aí que me deu um revertério, afastei o bofe e simplesmente vomitei litros: whisk, cerveja, gummy, chiboquinha, caipivodka, acarajé... uma mistura engraçada e rosa no chão... Um clarão se abriu a minha volta e parecia que o bloco era só meu. Por um momento, fiquei constrangida, mas como sou desprovida de vergonha na minha cara, ajeitei os cabelos e me posicionei ereta, como se nada tivesse acontecido. O bofe era o único que estava ao meu lado, com os olhos esbugalhados! Daí pensei: "Agora que vomitei, este bofe não me quererá mais... Vou fazer a louca para o desaquendamento total desta entidade de rua. Então falei: "Querido, vc quer tanto me beijar, né? Me beije então agora, se vc é homem!" Dei um stop e ainda joguei um pouco mais de troço pra fora, ainda tinha coisa pra sair (eram litros e litros de líquidos etílicos!). Foi então que rolou o inesperado: O bofe veio, sem medo de ser feliz, me beijar. Por um momento, achei que só poderia estar me amando. (Afinal, "simpatia é quase amor")!

Beijei aquele exú toda trabalhada no gosto de bílis na boca.
O bofinho beijava bem, mas foi aquele beijo sem emoção, o q eu chamo de "beijo técnico", sem envolvimento e sem magia... O que eu sentia era estupefação, porque o beijo foi longo. E ele parecia estar gostando muito! O tiro saiu pela culatra! Ele não ia embora, ele queria mais beijos... Aí, eu comecei a processar a minha "maldade" e a ficar muito enjoada!

Então, minha cota de "trashice" acabou e falei: "Preciso ir ao banheiro".
E como é tradição, nestes eventos, fugi.

Depois de uns dez minutos, o vi beijando outra camofa. E foi aí que me deu vontade de vomitar novamente, me colocando no lugar daquela infeliz!

Este dia foi a prova real de que não se deve beijar ninguém assim, sem mais aquela. Beijar o povo em carnaval é "desnecessaire"... Me deu até vontade de vomitar agora de novo!

2 comentários:

  1. sempre achei que este vicio de Paola pelos CDs do E o TCHAN vinham de um background muito suspeito...nao é atoa que pra chamar a danada pra descer tinhamos que chamar o Pai cumpadi Uóshinto!

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  2. hahahahahaha! Estão quebrando o sigilo da minha identidade!hahahahaha. "Ela fez a cobra subir. A cobra subir... a cobra subir..."

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